terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vídeo-aula 28: Depressão na infância e adolescência

MÓDULO II : EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA, SAÚDE E CIDADANIA NA ESCOLA


A depressão é um problema muito comum no mundo atual, mesmo em crianças e adolescentes, podendo contribuir para alterações comportamentais como isolamento social, baixo rendimento escolar e baixa autoestima. Provavelmente, por estarem em desenvolvimento, tem dificuldade para compreender o que acontece internamente e lidar com os sintomas. Neste sentido, a escola, além de acolher estes alunos, deve estar atenta a fortalecer a autoestima e a autoconfiança destas crianças para prevenir e lidar com a depressão em sala de aula.


Professora Paula Fernandes 


1 – Definição                     

2 – Prevalência        
3 – Causas
4 – Fatores de risco            
5 – Sintomas                       
6 – Tratamento
7 – Considerações importantes (finais).

Depressão na infância e na Adolescência:
  • durante muito tempo: crianças e adolescentes não eram considerados como pessoas a serem afetados pela depressão.
  • atualmente, são considerados seres humanos suscetíveis de ficarem deprimidos tanto quanto os adultos.
  • o diagnóstico para a depressão e de algo que pode interferir na vida diária, afetando suas relações sociais e acadêmicas.

            1 – Definição:
            Define-se depressão como sendo um transtorno de humor ou afeto: sentimento de tristeza profunda, associado com sintomas fisiológicos e cognitivos na pessoa (causando imensa debilitação).
 
            2 – Prevalência:
·         Crianças pré-escolares: 1%
·         Crianças em idade escolar: 2-4%
·         Adolescentes: 5 a 8%
·         Distribuição entre os sexos
- similar na infância (igualdade entre meninos e meninas)
- adolescência: maior entre as meninas.

Critérios e Diagnóstico - CID-10e DSM-IV: conjunto de sintomas, dentre os quais:
  • Humor deprimido (tristeza, desesperança)
  • Perda de interesse e prazer por atividades, anteriormente, satisfatórias.
  • Diminuição da energia: importante e acentuada falta de ânimo que interfere na vida das pessoas (diminuição do período do sono, alimentação e também da libido, além de outras importantes áreas humanas).

            3 – Causas:
           Crianças: origem multifatorial (portanto, causas variáveis), dentre as quais temos:
· Biológicas: genética, estrutura e química do cérebro;
· Psicológicas: stress, traumas, desamparo, formas diferenciadas de perceber e lidar com o mundo (varáveis formas de se interpretar o mundo).
· Socioculturais: papeis, expectativas, suporte social.

4 – Fatores de Risco:
·         Histórico familiar de depressão
·         Sexo feminino é mais afetado
·         Episódios anteriores de depressão
·         Acontecimentos estressantes (separação de pais ou morte dos mesmos)
·         Dependência de drogas
·         Violência doméstica (pais violentos)
·         Elevada exigência acadêmica: a escola exige muito e o aluno/estudante não está preparado para tal cobrança

5 – Sintomas:
·         Tristeza
·         Falta de motivação
·         Solidão
·         Humor deprimido, irritável ou instável (muda o humor)
·         Mudanças súbitas de comportamento: explosão de raiva e brigas
·   Mudanças de apetite/peso (para mais: obesidade ou para menos: acentuado emagrecimento).
·         Dificuldade em divertir-se
·         Queixas: tédio ou “sem nada para fazer”
·         Preferencia por atividades solitárias
·    Queixas físicas: cansaço, falta de energia, dores de cabeça, dores na barriga e insônia
·         Pensamentos recorrentes de morte
·    Ideias e planejamento de suicídio. As crianças também, apesar de serem bem jovens, pensam em se suicidar.
·         Preocupações
·         Sentimento de culpa – baixa autoestima
·   Choro excessivo – hipoatividade – fala sem ritmo – fala devagar, de forma monótona, monossilábica.

5.1- Sintomas presentes quando se está na escola:
  • Queda do rendimento escolar – falta de concentração – perda de interesse pelas atividades escolares- falta de motivação;
  • Pensamento letificado – Impulsividade e irritabilidade (briga) – chora fácil;
  • Isolamento na sala de aula e no recreio – dificuldades nos processos cognitivos.
5.2 – consequências:



  • Comprometem o desenvolvimento e funcionamento social da criança e do adolescente: ocorrendo, normalmente, recorrência na fase adulta.
  • Se não for tratado na Adolescência é muito provável que tenha recorrência na fase adulta.

            6 – Tratamentos:
            Como as causas são variadas o tratamento envolve diversos elementos e etapas:
·         Tratamento medicamentoso
·         Psicoterapia
·         Suporte familiar
·   Psicoeducação: rede de apoio social: escola, trabalho e amigos (sozinho não chegaremos alugar nenhum).

7- Considerações importantes:
Aspectos importantes a serem considerados e observados:
·         Identificar os antecedentes do episódio depressivo (causas)
·         Minimizar o impacto negativo dos sintomas depressivos
·         Aumentar a eficácia dos esforços de soluções do problema
·      A pessoa precisa aprender a ter habilidades para lidar com os problemas futuros (sempre teremos problemas, desta forma, temos que mudar a maneira de lidar com eles – problemas)

Desta maneira, temos que fortalecer as condições que garantam a busca por ajuda em todos os contextos: família, trabalho, escola e comunidade (formação de uma autêntica rede social).
Lidar em todos os contextos e realizar um trabalho que envolva: alunos X pais X professores X Direção escolar X familiares X médicos psiquiatras e Psicólogos. Contextualizar o problema e procurar o envolvimento de todos. Assim, haverá o desenvolvimento integral do aluno, gerando um crescimento em qualidade de sua vida.

Vídeo-aula 27: Stress e ansiedade na infância e na adolescência

MÓDULO II : EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA, SAÚDE E CIDADANIA NA ESCOLA


Atualmente, uma avalanche de informações entra em nossa vida diariamente: novidades, avanços tecnológicos e desenvolvimento do conhecimento humano, etc. Além de todo o lado positivo, a modernidade traz também mais pressão, cobranças e competitividade. Por esta razão, é fundamental que a escola saiba como lidar com crianças e adolescentes nesta situação, oferecendo estratégias mais adequadas de melhora, combinando afeto, entendimento e bom senso.



Professora Paula Fernandes – Unicamp

            1 – Considerações iniciais sobre o tema;
            2 – Ansiedade e stress
            3 – Papel do professor
            4 – Considerações finais

            1 – Considerações Iniciais:
·         Muitos estímulos de todos os cantos do planeta entrando em nossas casas e em nossas vidas.
·         Como orientador de nossos alunos, principalmente das crianças e adolescentes, para que tirem o melhor de suas capacidades e sejam felizes.
·         Como ajudá-los a não se tornarem crianças, adolescentes ou adultos ansiosos e estressados.
·         Qual é o papel da escola nessa área?

Temos o aparecimento da seguinte tela que nos diz: No mundo de hoje existe muita modernidade muita tecnologia, muita pressão, muita cobrança, muita agitação, mais competitividade e menos espírito de equipe e muito menos solidariedade.
E esta situação conflitante oque pode gerar nas crianças e adolescentes?
Este quadro acima descrito gera:
- reação no organismo diante de situações difíceis ou excitantes a qualquer pessoa.
Em períodos de stress e ansiedade: o equilíbrio da pessoa é afetado e cada órgão passa a trabalhar em ritmo diferente dos demais e dependendo da duração dos sintomas e da interpretação dos estímulos, há quebra do equilíbrio interior (homeostase) e enfraquecimento do organismo com sintomas e doenças.
                A seguir a professora Paula Fernandes nos relatará as principais características do termo:
 2 - Ansiedade:
·         Características biológicas e psicológicas que antecedem momentos de perigo (real ou imaginário) marcado por sensações corporais desagradáveis, tais como:
- sensação de vazio no estômago; taquicardia; sudorese; medo intenso; aperto no peito; rubor, calafrios, confusão, nó na garganta, etc.

Alerta-nos a professora, que a ansiedade nem sempre é ruim e pode ser considerado um tipo de energia que move ou movimenta as pessoas. Exemplifica dizendo que quando temos uma prova difícil, origina-se um quadro típico de ansiedade que irá me obrigar a estudar para que possa ir bem na mesma, tirando nota suficiente para seguir adiante em meus estudos. Porém, alerta-nos para o fato que os sintomas envolvidos com a realização da prova não podem me prejudicar dia a dia.

                2 – 1  - STRESS INFANTIL
            Toda criança da atualidade: enfrenta várias situações de stress já nos primeiros anos de vida: acidentes, doenças, hospitalização, nascimento deum irmão, mudança de casa, mudança de escola, ou também mudança de empregada, além das tensões geradas pelas necessidades sempre maior de autocontrole.
            Os fatores que causam o stress infantil são classificados em dois grupos, de acordo com a sua origem: internos e externos.
            2. 1.1 - Vamos aos fatores internos:
            1 – Características de personalidade, pensamentos e atitudes da criança diante das situações da vida diária depende da maneira como ela percebe a si mesma e o mundo em sua volta.
            2 – Ansiedade, depressão, desejo de agradar, medo do fracasso, preocupação com mudanças físicas, dúvidas quanto a sua capacidade, interpretações amedrontadoras, etc.
            2. 1. 2 - Vamos aos fatores externos:
            1 – Acontecem devido às mudanças significativas:
            - responsabilidades e atividades em excesso;
            - brigas ou separação dos pais;
            - disciplina confusa dos pais (obedecer a quem?).
            - nascimento de irmão;
            - doença e hospitalização
            - troca de professora ou escola;
            - pais ou professores estressados
            -medo do pai alcoolista (alcoolista) e
            - doenças dos pais.
            Stress Infantil:
            Consequência quando não tratado:
            1 – asma; 2 – úlcera; 3 – alergia; 4 – distúrbios dermatológicos; 5 – diarreia; 6 – tiques nervosos; 7 – dores abdominais; 8 – resistência reduzida (vulnerabilidade a outras doenças); hipertensão arterial; obesidade; bronquite, além de depressão, pânico e fobia.
            Stress e Ansiedade Infantil:
            Depende da criança, pois as pessoas (crianças) são diferentes.
            Uma situação pode no não ser estressante para uma criança, pois depende do seu estágio de desenvolvimento emocional.
            Existem crianças, praticamente, invulneráveis ás tensões da vida, e outras muito sensíveis à maneira como a criança lida com seu stress e ansiedade.
            Este modo de ser: vulnerável ou resistente determinara à sua resistência às tensões da vida adulta.
            3 - Papel do professor
            1 – Conhecer seus alunos, conversar com os mesmos;
            2 – motivar seus alunos para as aulas e para frequentarem e gostarem da escola;
            3 – incentivar os alunos a fazerem perguntas (não ficarem fechados);
            4 – escutar o aluno, sem críticas ou julgamento;
            5 – promover a autoconfiança nos alunos;
            6 – respeitar o ritmo de cada aluno (pois cada criança é diferente da outra);
            7 – promover atividades em grupo;
            8 – promover atividades calmas (colocar músicas de relaxamento)
            Acentua que o professor é um modelo para os alunos (isto é muito importante):
1     - Cuidado para não passar para seus alunos seus problemas pessoais ou profissionais, os quais geram confusão no processo de aprendizagem e a escola parra a ser uma fonte geradora de stress.

4 – Considerações finais:
1 - Importante: a ansiedade e o stress infantil não se manifestam isoladamente devem encaminhar para especialista quando necessário.
2 – Objetivo do professor: promover a saúde das crianças para que consiga enfrentar as mudanças que ocorrem em sua vida e promover seu desenvolvimento mais saudável na escola, em casa, no esporte e no lazer.

            Afirma que os jogos de videogame viciam e aumentam o tempo gasto com ele. A repetição aumenta seus efeitos.
           
Papel da mídia na ingestão de bebidas por parte dos adolescentes:
  • publicidade tem um modesto, mas considerável impacto no consumo de cerveja e vinho;
  • estratégias publicitárias: imagens sexuais e celebridades se mostram mais efetivas.

            Finalmente, qual seria o papel dos professores em educar sobre mídia:
  • estabelecer programas de ensino sobre mídias nas escolas;
  • renovar ideias para ensino de mídia, uso e abuso de drogas e programas de Educação Sexual;

            Conclui dizendo que vivemos um momento mundial multimídia quando tudo está assolado de informação por todos os lados, sendo importante a consciência destas influencias e maneiras de como proteger o adolescente sobre o uso excessivo.

Vídeo-aula 26: Uh-Batuk-Erê: Uma ação de comunidade

MÓDULO II : EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA, SAÚDE E CIDADANIA NA ESCOLA


O Grupo de percussão Uh-Batuk-Erê, formado por estudantes de escolas públicas da cidade de São Paulo, é um exemplo de como o trabalho de articulação entre escola e comunidade pode gerar frutos e contribuir para a construção da cidadania ativa.



Professor Edson Azevedo da Rede Municipal de Ensino, que relata a experiência vivia em uma escola da Zona Norte de São Paulo.
            A escola chama-se EMEF Professora Esmeralda Salles Pereira Ramos, bairro do Tremembé/Jaçanã.
            Inicialmente, fala-nos que a escola encontrava-se em uma área de risco, com grande vulnerabilidade aos jovens, com casas ocupadas de forma irregular, ausência de infraestrutura ( rede de esgotos, água encanada, etc).
            E para resgatar os valores desta comunidade carente, realizou um projeto que é relatado a seguir.
            
Por que começou?
            Alunos com dificuldades em emitir suas opiniões (baixíssima autoestima), que consequentemente, geram:
            - distorção de identidade
            - surgimento de preconceitos
O que fazer?
            Inicialmente cita uma frase de Bob Marley: “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, sempre vai existir guerra”.
            E, desta forma, procurou-se caminhos para a pacificação...levando-se em frente o Projeto (ação) UH-BATUK-ERÊ! ... que visava estabelecer a diologicidade entre os diversos saberes e tradições, identificando as etnias que formam o povo brasileiro.
            
Como promover esta ação comunitária?
            - promover a arte como mediadora do multiculturalismo presente na identidade brasileira, orientado pela pedagogia da autonomia, da emoção do saber fazer consciente (referenciais teóricos).

Foram realizados 5( cinco ) encontros de formação ( 5 frentes):

1ª frente: Encontros de formação
2ª frente: Oficinas (percussão, dança e capoeira, dando ênfase ao corpo, movimento e expressões).
3ª frente: Oficinas de canto, oralidade e artesanato (produção e expressão de ideias e sentimentos).
Tais eventos visavam, principalmente, o fortalecimento da comunidade.
4ª frente: Fóruns comunitários com a elaboração da Carta do Esmeralda
Presença de espaços de discussão de temas: violência, saneamento básico, áreas de ocupação, sendo que os fóruns passaram a espaços de discussão e tomadas de decisão.
A escola passa a assumir o seu papel de interventor social e lançou uma carta denominada: Carta do Esmeralda, que solicitava junto as autoridades competentes assumirem as demandas solicitadas e reivindicadas pela comunidade atual.
5ª frente: Trilhas Culturais: com a presença permanente de alunos protagonistas que passaram a vivenciar e conhecer outros espaços da cidade, entrando em contato direto com diferentes culturas e momentos de lazer e olhar para estes espaços e tentar melhorar, a partir desta nova visão de mundo, o local onde vivem.
Passaram então a ver e aprender para poder melhorar suas condições locais. Desta forma, segundo o professor a escola passa a ter voz e representatividade.
Tiveram então apresentações, tanto internas (para a comunidade escolar) quanto externas (comunidade local entorno) e demonstraram a todos o que realmente tinham já aprendido.
Houve um intenso protagonismo por parte dos alunos, pois os mesmos trazem para dentro da escola a comunidade pertencente, organizando os eventos que se fizeram necessário e recebendo de braços abertos os integrantes (pais e familiares) desta comunidade.
Enfatiza o professor que tais alunos assumiram, de forma decisiva e intensa, o papel de alunos protagonistas.

Eventos internos:
- Confraternização com a comunidade;
- Feijoada anual: Amigos do Batuk
- Acolhimento a manifestações culturais

Trazendo, desta forma, o reconhecimento da escola pela comunidade, levando à algumas conquistas:  locais ( Escola como referencia de cultura afro-indígena); municipais  (Prêmio Paulo Freire de Qualidade) e estaduais (Prêmio Construindo a Nação/ Instituto de Cidadania e também Nacional (Funarte – MEC- SP em virtude da apresentação da peça no Teatro Espetáculo: “Mulheres e Divindades”).
Desta forma, indaga-nos o professor ao se referir: o que a escola tem de inovadora?
Afirma dizendo que o diálogo permanente entre o sentimento e a ação num processo contínuo de formação, que aproxima seus componentes, citando o dinamismo pedagógico que existe entre: ação – emoção – ação. Cita que algumas coisas tiveram que ser mantidas e outras tiveram que ser rompidas, ocorrendo estes fatos, através do diálogo franco e objetivo.

Enfim, o que mudou?
- A relação como grupo, pois os alunos ficaram mais fortes, passando a intervir na comunidade;
- Atuação e envolvimento no espaço- escola (identidade)
- Compartilhamento de ações coletivas
-Encontros comunitários (parcerias, amigos e pais)
- Redução de preconceitos e desigualdades (os denominados conflitos maiores).

Colocaram em pratica a que preconiza nossa Lei Federal que visa diminuir os preconceitos nas unidades escolares e espera que os efeitos da ação UH-BATUK-ERÊ continue... para que os seus alunos possam acreditar nos seus papéis sociais e valores humanos.

Buscando resultados concretos e mensuráveis (fóruns e trilhas), tais como:
1 - resignificando a escola como elemento agregador, envolvendo a comunidade;
2 - valorizando o saber popular associado ao sistematizado;
3 – construindo a cidadania com emoção e conhecimento
4 – formando e fazendo a nossa história (era isolada, sem opinião própria e agora passou a ter sua própria opinião, forte, por sinal...)

Para finalizar os momentos vividos, exibem-nos, através de fotos:
1-    Eventos na escola;
2-    Eventos nos grupos;
3-    Eventos de lazer (fundamental);
4-    Eventos no aprender (troca de valores e experiências entre as comunidades);
5-    Nas conquistas (prêmios)

Afirma que ao som dos tambores os alunos e a comunidade tiveram:
  • ação / - emoção / educação.

Desta forma, a Educação passou a ser um fenômeno de responsabilidade comunitária. Cita que:
  • Escola – passou a ser um espaço de decisões;
  • Fóruns – passaram a ser um espaço de discussões

E termina sua explanação citando um poema de Fernando Pessoa:

Há um tempo em que é preciso
Abandonar as roupas usadas
Que já tem a forma do nosso corpo
E esquecer os caminhos que nos
Levam sempre aos mesmos lugares.

É tempo de travessia:
E se não ousarmos fazê-la
Teremos ficado, para sempre a
Margem de nós mesmos.

Deixa como mensagem final: Comunidade que ousa desafiar; autonomia que efetua, que realiza a travessia para transformar.