segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Vídeo-aula 3: O juizo moral na criança

MÓDULO I - INTERDISCIPLINARIDADE, TRANSVERSALIDADE E CONSTRUÇÃO DE VALORES

Nesta aula discutimos as relações entre o ambiente escolar democrático e sua influência nos processos de desenvolvimento da cooperação e do juízo moral infantil. O ponto de referência é a teoria de Jean Piaget e seu livro de 1932, O juízo moral na criança.

Encontramos no livro didático "Filosofando", no capítulo 18, ninguém nasce moral: "Todas as pessoas precisam ser educadas para a convivência. O processo de aprendizagem supõe descentramento, um sair de si mesmo, tanto do ponto de vista da inteligência como da afetividade ou da moral. A descoberta do outro como um "outro eu" é fundamental para superar o egocentrismo. No entanto, o desenvolvimento desses três níveis mentais - inteligência, afetividade e moralidade - não é automático, porque exige a intermediação de agentes culturais - pais, professores, adultos em geral.
Do ponto de vista moral, a educação começa pela heteronomia, em que as regras morais são introjetadas sem crítica, até que possa alcançar a autonomia, típica da maturidade. Se na fase da heteronomia as crianças obedecem às regras que lhes são impostas, aos poucos é preciso abrir espaços de discussão a fim de estimular a adesão pessoal e autônoma às normas."
"Do ponto de vista moral, a vida do bebê é pré-moral e, portanto, nele predomina a anomia."
Ainda segundo as autoras do livro "A capacidade de reflexão dá condições para o amadurecimento moral, pela organização autônoma das regras e pela livre deliberação. Enquanto no estágio anterior prevalece o respeito unilateral, fundado em moral de coação, heteronômica, ao entrar na vida adulta torna-se possível o exercício do respeito mútuo, não hierárquico, típico das relações autônomas."

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