terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vídeo-aula 24: Mídia e comportamento

MÓDULO II : EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA, SAÚDE E CIDADANIA NA ESCOLA


A criança e o adolescente aprendem comportamentos por imitação, através de exemplos, com boa vulnerabilidade à influências externas. A profa. Lília de Souza Li mostra a importância da mídia que, pelos diversos canais, possui uma capacidade de influência ampla, devido às suas características de não segregação, de não ter necessidade de locomoção das pessoas. É importante ressaltar que, apesar de seus pontos positivos, existem também aspectos negativos da mídia, podendo influenciar comportamentos de risco (violência, sexualidade, erros alimentares, uso de substâncias psicoativas).



Professor Li Li Min (USP) e a professora Doutora Lilian Freire R. de Souza Min da Unicamp.
          
Infância e Adolescência
  • Período de imaturidade com transformações físicas e psíquicas, com mudanças radicais e abruptas;
  • Período dinâmico onde se estabelecem atitudes, conceitos e valores e que são formadas condutas;
  • Constitui o período de maior vulnerabilidade á influências externas.
Socialização
  • É o processo através do qual o ser humano interioriza valores, crenças, atitudes e normas de conduta que são próprios de seu grupo social ou sociedade, incorporando-os à sua personalidade;
  • Pelo seu acesso universal, sem deslocamento, por não segregar e pela sua eficiência, a mídia constitui um importante meio de socialização. 
Mídia e seus tipos:
  • televisão, cinema, revistas, rádio, TV, filmes, músicas, chat, videogames, celular e multimídia.
Influência da mídia:
  • Retratam e influenciam modelos de conduta de determinadas maneiras; selecionam informações e conhecimentos, fornecendo também estímulos para comportamentos;
  • Atitudes e comportamentos agressivos são aprendidos pela imitação de modelos observados;
  • Exposição prévia à violência correlaciona com comportamento agressivo;
  • Efeito da 3ª pessoa: assim como acontece com os adultos, os adolescentes acreditam que a mídia influencia a todos menos a si mesmo;
  • Crianças são influenciadas pela mídia e dando importância dentre os fatores ao que crianças menores de oito (8) anos não diferenciam entre fantasia e realidade e são as mais vulneráveis.
Tempo gasto pelas crianças e adolescentes usando mídia: 
  • É de 6 horas e 32minutos/dia e 35 a 55 horas/semana;
  • Mais de 21horas/ semana de televisão;
  • Quase 2 horas de Internet/ dia e 4 dias por semana;
  • Várias horas de música/dia como fundo para outras atividades;
  • 10.000 cenas de violência/ano;
  • 15.000 cenas com referências sexuais/ano.
Qual o impacto da mídia em nossas crianças e adolescentes?
  • Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor;
  • Sexualidade (início mais precoce);
  • Violência;
  • Transtornos alimentares (obesidade e anorexia);
  • Problemas escolares;
  • Uso de drogas.
Violência e televisão
  • Aos 8 anos um indivíduo terá visto 2000.000 ações violentas na televisão;
  • De 10.000 horas monitoradas de programas de TV, 61% apresentavam violência interpessoal, a maioria de maneira divertida ou glamourosa;
  • Maior percentagem de violência visto em programa infantis.
Violência em filmes infantis:
  • 100% dos filmes animados infantis apresentam cenas de extrema violência;
  • Apresentam temas usando violência como meio justificável para resolver conflitos e vencer o inimigo.
Consequência à exposição de crianças à violência:
  • Problemas físicos e mentais;
  • Condutas agressivas;
  • Dessensibilização à violência;
  • Medo/ distúrbios do sono e pesadelos.
Mídia como principal meio de educadora sexual
  • Mais de 75% dos shows em horário nobre apresentam conteúdo sexual;
  • Apenas 11% discutem risco sexuais;
  • Assistir imagens sexuais acelera o início da atividade sexual de adolescentes;
  • Adolescentes que assistem mais conteúdo sexual aumentam de 2x o risco de iniciar atividade sexual no ano seguinte.

Fatores associados a educação sexual via mídia:
  • Pais não discutem anticoncepção com seus filhos;
  • Escolas não fornecem educação sexual, nem discutem o tema "Orientação Sexual" e nem incluem os pais nos programas existentes nas escolas.
A escola discute apenas a parte biológica da sexualidade humana e não analisam e estudam fatos como a autoestima, sentimentos, emoções (que seriam os componentes psicológicos, afetivos e socioculturais da Sexualidade Humana).
Internet facilita o acesso a pornografia o que causa deturpação e deformações na Sexualidade Humana. Favorece a pedofilia e ciberbullying dentro da própria casa.

Efeito da mídia como substitutivo de outras atividades:
  • 2 a 3 horas de televisão/dia resultam em menor atividade física, menor gasto de energia, com aumento no índice de obesidade, diminuição do tempo de leitura e na interação com amigos. 
Vídeo games 
  • Mídia com interação. Participação ativa aumenta o aprendizado;
  • Crianças que jogam e que apresentam reduções em atitudes pró-sociais e assistências e ocorrem o aumento em pensamentos agressivos e respostas violentas com retaliações e provocações;
  • Aumento de sentimento de hostilidade, expectativa de que outros sejam violentos, dessensibilização da dor nos outros e aumento da probabilidade de interagir e responder a outros com violência.
  • Os jogos viciam e aumentam o tempo gasto com ele. A repetição aumenta seus efeitos.
Papel da mídia na ingestão de bebidas por adolescentes:
  • Publicidade tem um modesto mas considerável impacto no consumo de cerveja e vinho;
  • Estratégias publicitárias: imagens sexuais e celebridades se mostram muito efetivas.
Papel dos professores em educar sobre mídia:
  • Estabelecer programas de ensino sobre mídia nas escolas;
  • Renovar ideias para ensino de mídia, uso e abuso de drogas e programas de educação sexual.

Vídeo-aula 23 : Uso de substâncias psicoativas

MÓDULO II : EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA, SAÚDE E CIDADANIA NA ESCOLA


Atualmente, o uso de drogas lícitas e ilícitas está aumentando em nossa sociedade, e infelizmente, em idades cada vez mais precoces. E muitas vezes, o início desta experiência tem seu início no ambiente escolar. A Dra. Renata Azevedo fala sobre este tema, enfatizando os motivos que levam a criança e o adolescente a entrarem neste mundo. Com isso, a escola pode promover estratégias de prevenção e discussão deste assunto para minimizar os riscos.


Professor Li Li Min
Dra. Renata Azedo do Departamento de Psiquiatria da Unicamp (Coordenadora do Laboratório de Substancias Psicoativas da Faculdade de Medicina da Unicamp).


Conceito de substâncias psicoativas


Tais substâncias seriam elementos que agem no Sistema Nervoso Central e trazem alterações que provocam sensações agradáveis.


As drogas são substancias diferentes e classificadas em virtude de diferentes critérios:

  • Lícitas: como exemplos têm o álcool (proibido o consumo para menores de 18 anos) e tabaco (fumar em lugares fechados);
  • Ilícitas: cocaína, crack, maconha e outras as quais agem diminuindo a ansiedade, provocando relaxamento, “desligamento” dos problemas e alegrias.


O problema é agravado porque os consumidores, normalmente, usam 2 ou mais drogas juntamente (drogas que pertencem a mesma classe ou classes diferentes), sendo que o risco é maior e causam maiores prejuízos, quando as drogas pertencem ao mesmo grupo do quede grupos diferentes.

Que fatores levam ao uso de drogas? 

Cita que seriam os: 
  • Componentes ambientais;
  • Genéticos e sociais e;
  • Neurobiológicos.

Portanto, a dependência de drogas tem vários fatores (multifatorial).

Quais são os perigos das drogas?
  • Aumento no uso de drogas (porque temos o aparecimento de felicidades “químicas”);
  • Uso cada vez mais precoce (crianças cada vez mais jovens) o que potencializam o efeito da droga (11 anos em média).

Temos problemas individuais, tais como queda no relacionamento interpessoal e rendimento escolar. E coletivos temos problemas familiares e sociais.

Por que apesar do perigo eminente, as pessoas usam drogas em número cada vez maior?
  • Idade (adolescência): curiosidade é a principal razão. Daí a importância dos esclarecimentos por parte de pais, amigos sinceros e leais e escola (principalmente por parte de todos os professores e não apenas os professores de Ciências);
  • Baixa autoestima: depressão e fobia;
Afirma que deve haver coerência do adulto e pais com relação aos consumidores (dependentes). Cite o fato que famílias de alcoólatras geralmente geram filhos alcoólatras. Desta forma, deve haver, por parte da família, um modelo de qualidade.
E alerta para o detalhe: experimentação (curiosidade), que representa o fator que proporciona a entrada do jovem e adolescente no caminho das drogas.
Desta forma, o melhor remédio é prevenir, evitando-se assim o nem sempre eficiente: remediar. 
E cita que a experimentação não pode caminhar para a dependência.

Os passos para o tratamento:
  • Psicoterapia: auto avaliação;
  • Uso de medicamentos (principalmente dar grande atenção aos sintomas da abstinência e comorbidade).

Vídeo-aula 22: Lazer, juventude e esportes

MÓDULO II : EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA, SAÚDE E CIDADANIA NA ESCOLA

Abordou-se a íntima relação entre lazer, juventude e esportes, trazendo à tona práticas desenvolvidas em grupos característicos no contexto cultural como os jovens praticantes de esportes radicais. Debateu-se ainda os distintos conceitos de juventude e a inserção de jovens em espaços simbólicos oriundos das práticas de lazer em que se ressaltam as relações estabelecidas entre membros de um grupo no manejo de códigos e símbolos comuns.



Professor Ricardo Uvinha

Assistir TV e outros elementos (tem uma lista de eventos), tais como o esporte, são apresentados como formas de lazer.

Na primeira tela temos o lazer dos jovens, e o professor Uvinha cita que:
  • Sujeito ao “lazer-mercadoria”;
  • Deviant Leisure – lazer não transgressor;
  • Esportes;
  • Papel dos grupos ("tribos").
Tipos de lazer das “tribos”:
  • esportes radicais
Cultura e identidade de grupo:
  • Espaço físico;
  • Grupos / tribos / gêneros;
  • Rixas;
  • Linguagem;
  • Vestimentas (contestação);
  • Músicas (bandas associadas aos grupos).
Relaciona os diversos esportes e suas linguagens características. Exemplo: skatistas. Exemplo de linguagem: pico – lugar de encontro que designa geralmente alguma pista de skate. Alguns temas citados foram: gralha, comédia ou paga-pau e que significa quando fala mais do que faz. Outro termo citado é gambá: pessoa estranha à pista. Ênfase ao termo pedaço e seu significado: local de encontro dos pares; um espaço intermediário entre o privado (casa) e o público (a rua)..

Cita também os componentes do termo "pedaço": de ordem espacial e ordem simbólica.
  • Ordem espacial que designaria um espaço intermediário entre o privado (casa) e o público (a rua);
  • Ordem "simbólica" (composto de uma ampla rede de relações sociais).
Esportes radicais, mass média e marketing:
  • Indústria cultural;
  • Marketing específico;
  • Consumo.

Esportes radicais classificados em 3 (três)
  grupos:

  • Aéreos (paraquedismo, voo livre, balonismo);
  • Aquáticos (surfe, entre outros);
  • Terrestres (caminhadas e outros).
A adolescência:
·         Início: fácil – começa com a puberdade (mudanças físicas);
·         Final: difícil de sair (variação entre os indivíduos e sociedades).

Características da aventura:
  • - resultados incertos
  • - desafio, perigo e risco
  • - novidade
  • - exploração e descobertas
  • - atenção e concentração
  • - estímulo e entusiasmo

  • Marketing e cultura jovem

Lazer e esporte persistem na idade da pessoa (surf é, normalmente, esporte para jovem e vemos um idoso praticamente este esporte, ou seja, idoso com “cultura jovem”).

Lazer, jovens e família

Escolas: podem ser espaços para a prática de esportes radicais.

Motivação (literalmente é a busca pelo “novo”):
  • experimentações;
  • inovação.
Adaptações na escola:
  • Banco sueco: esporte com prancha;
  • Rolamento em colchonetes: esportes aéreos
  • Equipamento trazido pelos alunos.
Vivência fora da escola:
  • Boiaeross;
  • Rafting;
  • Surfe;
  • Escalada outdoor;
  • Cascading;
  • Canyoning;
  • Trekking;
  • Rapel.

O importante é ressaltar e valorizar o lazer tanto na casa, quanto rua e escola.

Lazer do jovem:
  • Compreensão das múltiplas experiências do lazer vivenciadas pelo jovem no seu tempo livre;
  • Momentos de acentuada relevância em termos de valores e expressão de signos sociais.

E, finalmente, entender a cultura juvenil e multifacetada e em constantes transformações.

Vídeo-aula 21: Lazer, cultura e elementos comunitários

MÓDULO II : EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA, SAÚDE E CIDADANIA NA ESCOLA


Refletiu-se a importância da esfera do lazer relacionada à cultura e aos elementos comunitários, identificando os principais conceitos do lazer, os conteúdos culturais a ele associados, os equipamentos de lazer e suas respectivas políticas na comunidade, bem como a atuação profissional num importante papel de sensibilização para o uso do espaço por meio do lazer.


Professor Ricardo Uvinha



            A definição de lazer nos leva ao seguinte conceito: é uma experiência compreendida por indivíduos diante de variados contextos, elemento que depende da cultura, portanto, é variável, dependendo da sociedade na qual está inserida. Envolve três abordagens: tempo, atividade e estado da mente. (HENDERSON, 2001, p. 15)

Tem algumas características como:
  • pode ser passivo ou ativo;
  • é algo subjetivo (depende da pessoa que está realizando o mesmo).

            Outro autor, Dumazedier (1980, p.19) traz sua contribuição ao tema, dizendo que é: “um conjunto de ocupações as quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora, após desembaraçar-se das obrigações das obrigações profissionais, familiares e sociais”.

            Contém 3 elementos essenciais:
  • descanso;
  • divertimento;
  • desenvolvimento.

            Conteúdos culturais do lazer:
Interesses artísticos:
  • Imagens, emoções e sentimentos;
  • Conteúdo estético, busca da beleza;
  • Campo simbólico. Exemplo: manifestações culturais (teatros, museus, centros culturais, cultura popular).
Interesses intelectuais:
  • busca de informações objetivas e racionais;
  • conhecimento vivido, preso à realidade. Exemplo: participações em curso, leituras e jogo de xadrez.
Interesses Manuais:
  • Capacidade de manipulação:
    • para transformar objetos ou materiais (artesanato, culinária, "bricolage");
    • para lidar com a natureza (jardinagem, cuidado com animais).
Interesses sociais:
  • procura pelo relacionamento;
  • pelo contato "face a face". Exemplos festas, bailes, bares e cafés. Frequência à associação.
Interesses físicos e desportivos:
  • atividades onde prevalece o movimento. Exemplos: práticas esportivas/ pesca / ginásticas.
Interesses turísticos:
  • Busca da quebra da rotina de tempo ou espaço;
  • Contato com novas situações, paisagens e culturas;
  • Turismo como “elemento” do lazer. Exemplo: passeios e viagens.
O lazer é uma importante realidade sociocultural. Há uma interação entre as diferentes formas de lazer, ou seja:
  • Há uma busca de forma “preponderante” no desenvolvimento de atividades;
  • Escolhas subjetivas (evidencia-se a “opção” no lazer).
Equipamentos de lazer: 
  • Equipamentos não específicos (encontrados, normalmente, no lar – casa, ruas ou escolas). Como por exemplo, podemos encontrar um espaço específico na escola para o lazer.
  • Equipamentos específicos (construídos e subordinados aos conteúdos culturais do lazer: - artístico / intelectuais / manuais / sociais / físicos / turísticos.
Características apresentadas (sistematização dos equipamentos conforme):
  • conceito / programação / localização / atendimento / público/ composição;
  • tamanho: micro, médio e macro equipamentos;
  • micro: aparelhos de lazer (Academia de Ginástica);
  • médio: clubes esportivo;
  • macro: grandes clubes.
Exemplifica a cidade de São Paulo e a distribuição do desequilíbrio de equipamento de lazer.
A opção seria a cultura, isto é, aproveitar o lazer da comunidade existente na escola.
            
Concluindo o professor e fala sobre equipamentos de lazer:
  • Devem atender a população de forma democrática;
  • Devem receber efetiva política de animação cultural.
 A atuação profissional:
  • Os agentes socioculturais ou animadores são importantes no papel da sensibilização para usufruir do espaço e equipamento.

Vídeo-aula 20: Bullying

MÓDULO II : EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA, SAÚDE E CIDADANIA NA ESCOLA


Entre os vários desafios já existentes na escola, o bullying - termo sem tradução exata para o português - é mais um destes desafios. É uma situação que vem crescendo nos dias de hoje e é caracterizado por atos agressivos, verbais ou físicos. Esta aula mostra que o papel da escola começa com trabalhos de conscientização e de reconhecimento dos atores e vítimas do bullying para consequentemente criar uma cultura de paz e de respeito às diferenças individuais.



Professora Paula Fernanda

Podemos observar neste vídeo aula que dentre os vários desafios já existentes na escola, o bullying - termo sem tradução exata para o português - é mais um destes desafios. É uma situação que vem crescendo nos dias de hoje e é caracterizado por atos agressivos, verbais ou físicos. Esta aula mostra que o papel da escola começa com trabalhos de conscientização e de reconhecimento dos atores e vítimas do bullying para consequentemente criar uma cultura de paz e de respeito às diferenças individuais.

Roteiro de Apresentação que consta dos seguintes itens:
  • Definição do tema;
  • Considerações gerais;
  • Agressores e alvos;
  • Cyberbullying;
  • Sofrimento;
  • Considerações na escola;
  • O que fazer!
  • Dicas aos professores.
Definição do tema:
  • Comportamento agressivo entre estudantes, sendo um fenômeno muito comum na escola;
  • Atos de agressão física, moral ou verbal que podem ocorrer repetidas vezes, sem modificações evidentes realizadas por vários estudantes contra outro em relação desigual de poder;
  • Escola: ocorre na sala de aula ou no recreio (pátio).
Considerações:
  • Comum nas escolas no mundo todo (fenômeno universal);
  • 50% das crianças em idade escolar foram vítimas do bullying;
  • 10% são vítimas regulares de bullying;
  • Mais comum entre os meninos, e envolve- intimidações físicas, ameaças e atos mais violentos;
  • Meninas: sofrem agressões verbais, atos de exclusão e de difamação.

Agressores:
  • Estudantes de comportamentos hostis;
  • Estudantes que acreditam que na escola não haverá impunidade;
  • Estudantes oriundos de famílias desestruturadas, pais opressões, violentos e agressivos;
  • Geralmente já foram vítimas de bullying;
  • Comorbilidades: transtornos de condutas e TDAH.
Alvos:
  • Alunos tímidos, quietos, inseguros com poucas habilidades sociais, com poucos amigos, sem a capacidade de reação aos atos de agressividade;
  • Fisicamente são mais frágeis: mais fracos e menores de tamanho;
  • Alunos novos, vindos de outras escolas;
  • Religiões diferentes e raças diferentes.
Testemunhas:
  • Alvos indiretos de bullying;
  • Testemunhas: jovens que presenciam as agressões e apresentam medo de se tornarem as próximas vítimas;
  • Ambiente escolar: hostil, alunos vivem com insegurança e medo.
Ajuda:
  • Normalmente não buscam ajudas;
  • Não creem na punição ao agressor;
  • Apresentam medo de ser punido;
  • Apresentam medo dos agressores;
  • As pessoas que presenciam muitos casos, minimizam o problema e não tomam as devidas e corretas providências e atitudes diante do mesmo.
Cyberbullying:
  • Rede mundial de computadores: Cyberbullying. Encontramos nas salas de bate-papo, e-mail e páginas da Internet;
  • São expostos: textos, imagens, vídeos das vítimas;
  • Criação de comunidades para difamar e ofender as vítimas ou a vítima;
  • Acompanha ao mesmo tempo o bullying tradicional, ou seja, acontecem em paralelo: bullying local e mundial.
Sofrimentos:
  • Vítimas: grande sofrimento no desenvolvimento social, emocional e no seu rendimento acadêmico;

- principais consequências:
  • Baixa autoestima;
  • Queda do rendimento escolar;
  • Resistência para ir à escola;
  • Troca frequente de escola;
  • Abandono dos estudos;
  • Episódios depressivos, pânico e fobia escolar são também sintomas comuns.
Bullying na escola:
A professora Paula Fernandes nos expõe uma série de verbos que estão diretamente ligados ao fenômeno do bullying:

apelidar – ameaçar – agredir – hostilizar – ofender – humilhar – discriminar – excluir – isolar – estimular – isolar - perseguir – assediar – furtar – quebrar objetos pessoais

O que fazer professor?
  • Devemos identificar o problema o mais precocemente possível;
  • Obter e passar informações e efetuar a conscientização;
  • Casos mais graves: encaminhamento médico e psicológico;
  • Desenvolvimento de programa Antibullying: orientação aos pais, professores a alunos (ensino de estratégia para se lidar com o problema e desenvolvimento de medidas de controle e de comportamento (chamar, se possível, palestrantes e especialistas no tema).
Orientações aos Professores:
  • Estimular a informação e o conhecimento deste comportamento anormal aos pais, professores e alunos. Deve-se providenciar palestras sobre o assunto, reuniões e leitura e estudo de textos explicativos;
  • Promover debates na sala de aula e despertar o respeito mútuo;
  • Criar comitês Antibullying (presença de alunos, pais, Coordenadores, Diretores e Professores);
  • Não tolerar a prática do bullying;
  • Estimular as denúncias do Bullying ( para que não se acredite na impunidade);
  • Fornecer auxílio aos alvos, agressores e testemunhas;
  • Encaminhamento dos casos mais graves à Coordenação, Direção e demais autoridades competentes.

Vídeo-aula 19: Violência nas escolas

MÓDULO II : EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA, SAÚDE E CIDADANIA NA ESCOLA


Fatores individuais e ambientais estão associados a comportamentos inadequados e transtornos de conduta. As primeiras manifestações de violência também ocorrem na escola, como enfatiza a professora Lília de Souza Li. O melhor entendimento destes fatores ajuda a identificar as crianças de risco e, consequentemente, propor intervenções mais adequadas e eficazes.


 Encontramos neste vídeo-aula os dizeres a respeito dos fatores individuais e ambientais que estão associados a comportamentos inadequados e transtornos de conduta. As primeiras manifestações de violência também ocorrem na escola, como enfatiza a professora Lília de Souza Li. O melhor entendimento destes fatores ajuda a identificar as crianças de risco e, consequentemente, propor intervenções mais adequadas e eficazes.
Esta aula começa com a explanação inicial do professor Li Li Min que nos mostra cenas sobre violência que ocorreram na escola (fotos não nítidas).
Indaga-nos a respeito da violência que ocorre na sociedade e nas salas de aula, a qual pode atingir diretamente alunos e professores, atrapalhando, sobremaneira o desenvolvimento do ensino-aprendizagem.
Posteriormente, temos as explanações da professora Doutora Lilian Freire de Souza Li, que pertence a Unicamp – Departamento de Pediatria, Especialista em Adolescência, a qual explana, inicialmente sobre a adolescência e suas características.
A violência tem aumentado muito na escola, gerando graves problemas, inclusive com ameaça, veladas ou explícitas, aos professores.

Quadro sobre Adolescência:
  • Momento crítico da vida do ser humano no qual ocorrem intensas mudanças biológicas, cognitivas, emocionais e socais e se decide padrões de comportamento;
  • Período de grande vulnerabilidade e risco;
  • Possíveis trajetórias estão intimamente relacionadas às vivências e aprendizados ocorridos na infância.

O vídeo nos aponta também os Problemas psicológicos e comportamentais na adolescência, tais como:
  • abuso de substancias;
  • problemas de internalização manifestados por meio de perturbações emocionais e cognitivas como depressão e ansiedade;
  • problemas de externalização: gerando problemas comportamentais, sendo o mais comum o comportamento delinquente.

Distúrbios de conduta:
  • padrão de comportamento antissocial e repetitivo classificado como psicossocial ou psicopatológico. Exemplo: desobediência, berros, brigas, mentira e roubos. É o problema mental mais comum na infância e na adolescência: 7% em meninos e 3% em meninas.

Agressões físicas na infância:
  • problema de saúde pública;
  • crianças agressivas geram adultos violentos;
  • agressão física: é um precursor de problemas mentais (abusos de álcool e drogas, acidentes, crimes violentos, tentativas de suicídio, relações abusivas e paternidade negligente e abusiva).

Estatísticas da violência no Brasil: em dez (10) anos tivemos um aumento, no na região SO, de 349%. A professora nos afirma que ambientes desfavoráveis aumentam a probabilidade do aumento da violência.

Fatores de riscos que podem aumentar os distúrbios de conduta e delinquência:
  • fatores individuais (aspectos biológicos/ cognitivos e comportamentais);
  • fatores familiares e sociais;
  • vários fatores de risco de forma cumulativa resultam em sofrimento físico e emocional levando a delinquência juvenil.

Fatores familiares e sociais:
  • disciplina e limites na família;
  • famílias disfuncionais;
  • doenças mentais dos pais;
  • fatores sociais: pobreza/ fracasso/ escolar/ desemprego;
  • redes de apoio e de relacionamento pobres;
  • perdas familiares importantes.

Nível socioeconômico:
  • distinção entre pais negligentes e pais com falta de condições socioeconômicas;
  • pais de Nível socioeconômico baixo e baixa escolaridade tendem a ser mais autoritários.

Fatores que promovem a violência:
  • práticas parentais inadequadas;
  • exposição repetida à violência;
  • consumo de álcool e drogas e a inserção em gangues;
  • morar em áreas pobres e densamente povoadas;
  • família pobre e com grande número de filhos;
  • pais negligentes;
  • agressividade;
  • temperamento impulsivo;
  • baixa inteligência;
  • evasão escolar;
  • sinais prematuros de comportamento antissocial na escola e em casa.

A professora Lilian Li afirma que os meninos são mais propensos a se envolver com a violência e a delinquência e que meninas quanto expostas à ambientes violentos, geralmente, não se tornam violentas.
Diz ainda que:
  • meninas adolescentes são tão propensas quanto os meninos a bater em membros da família.

Violência predatória:
  • roubos, furtos e agressões com objetivo de obter ganho ou resultante de conduta criminal ou antissocial;
  • associada a maior prevalência do uso de álcool, maconha, uso maior de drogas no ambiente escolar, ser do sexo masculino, vir de núcleo familiar desagregado e ser rebelde.

Fatores associados à violência na escola:
  • desempenho escolar ruim (deve-se resgatar os alunos com desempenho pedagógico ruim);
  • atitudes anteriores erradas;
  • sexo masculino: maior vulnerabilidade;
  • baixa autoestima;
  • muitas mudanças de escola;
  • população escolar com alto uso de drogas.