terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vídeo-aula 11 : Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

MÓDULO II : EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA, SAÚDE E CIDADANIA NA ESCOLA


O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um tema muito abordado atualmente, especialmente quando se fala em crianças e adolescentes, que ocorre em várias regiões diferentes do mundo. Para fazer com que estas crianças e adolescentes sejam melhor inseridas no contexto escolar é importante que a escola saiba como lidar com estes alunos.


Professora Paula Fernandes

T.D.A.H.
  • definição
  • tipo
  • prevalência
  • quadro clínico na escola
  • tratamento
  • possibilidades de intervenção na escola
Definição de T.D.A.H.: 

“É um transtorno comportamental e neurobiológico, de causas genéticas e ambientais que aparece na infância e pode acompanhar a pessoa por toda a vida, gerando sofrimentos”.

Caracteriza-se pela tríade:
  • desatenção
  • hiperatividade
  • impulsividade
Isto acarretará em prejuízos no: desempenho acadêmico (escola) e relacionamento interpessoal: social/ comunidade escolar (principalmente com os colegas de classe e professores).

                          DESATENÇÃO (FOCO FORA DO LUGAR)
  • tem dificuldade de prestar atenção a detalhes;
  • parece que não escuta quando falam com ele;
  • é facilmente distraído com estímulos alheio;
  • tem dificuldade de organização;
  • comete erros por descuido;
  • não segue instruções;
  • não termina suas tarefas;
  • perde coisas importantes.
                          HIPERATIVIDADE
  • não consegue envolver-se em atividades silenciosas;
  • está sempre a “mil por hora” / “a todo vapor;
  • agitação: nas mãos e pés e se remexe constantemente na cadeira;
  • tem dificuldades para permanecer sentado;
  • corre exageradamente;
  • fala demais.
                            IMPULSIVIDADE
  • dá respostas precipitadas a perguntas não terminadas;
  • tem muita dificuldade de aguardar a vez ( “não tem paciência”);
  • interrompe ou se introduz em conversas alheias.
    Prevalência:
  • 5 a 13% das crianças;
  • persiste na ½ dos casos;
  • é mais comum em homens que em mulheres
     Existem basicamente 3 tipos:
  • predominantemente desatento;
  • predominantemente hiperativo/ impulsivo;
  • combinado.
TIPO DESATENTO:
  • mais comum em meninas;
  • alta taxa de prejuízo acadêmico (escolar);
  • são crianças desorganizadas, esquecidas, frequentemente distraídas, não copiam as tarefas. Vivem “no Mundo da Lua”;
  • nível alto de isolamento social e retraimento ( não participam de atividades em grupos);
  • inabilidades sociais;
  • ansiedade e relutância para participar de atividades em grupos.
TIPO HIPERATIVO:
  • são mais agressivos;
  • altas taxas de rejeição pelos colegas;
  • sofrem de impopularidade;
  • são agitados, inquietos e impulsivos.
COMBINADO ( PERFIL DO TDAH):
  • maior prejuízo no funcionamento global;
  • são rejeitados pelos colegas: agem sem pensar, são inadequados socialmente falham em fazer planos e prever situações (dificilmente participam de atividades da sala de aula/classe).
Quem percebe, normalmente, este distúrbio é a escola (os pais não veem). Os sintomas mais evidentes na escola (comparação entre os normais e os alunos com TDAH).
                        
Escola: sintomas mais evidentes/comparação:
  • alterações nas habilidades linguística;
  • falta de noção de espaço ( os desenhos são feitos fora do papel, extrapolam as margens);
  • dificuldades de reconhecer símbolos gráficos: 3–E /  p-q  /  d-b;
  • dificuldades para ficarem sentados e prestar atenção;
  • pouca coordenação motora: desajeitados;
  • tendência de estarem sempre em movimento;
  • dificuldades em terminar as tarefa.
TDAH – DIAGNÓSTICO
  • é fundamentalmente clínico (médico);
  • avaliação feita envolvendo os pais, outras crianças e escola;
  • prejuízos em 2 ou mais contextos;
  • baseado nos critérios operacionais do DSM – IV ou CID – 10.
TDAH – ETIOLOGIA
causa multifatorial: 
  • fatores genéticos
  • fatores biológicos /físicos
  • fatores psicossociais
TDAH - CONSEQUÊNCIAS
  • baixo rendimento escolar
  • perda da autoestima
  • tristeza/ depressão
  • falta de motivação (não tem mais interesse pela aula e pela escola)
  • dificuldade de relacionamento
  • pré-disposição à episódios depressivos graves
  • abuso do álcool e de drogas
  • adultos inseguros com baixas habilidades sociais e dificuldades em relacionamento interpessoal.
TDAH – TRATAMENTO
  • sendo de causa multifatorial não há um tratamento específico;
  • é específico para cada caso (pois cada caso é um caso e cada criança é uma criança);
  • deve-se avaliar o contexto vivenciado;
  • uso de medicação;
  • uso de psicoterapia;
  • envolvimento da família e da escola (temos que procurar melhorar e atuar em todos os ambientes).
TDAH – ATUAÇÃO DO PROFESSOR/ESCOLA
  • Educação: devem ser orientados, informados e conscientizados: pais, professores e toda a escola;
  • Ajudar a criança, a família e os professores a compreenderem os sintomas e os prejuízos apresentados pelos portadores de TDAH;
  • Desfazer rótulos prévios (“preguiçoso”);
  • melhorar a autoestima das crianças (precisam se sentir aceitas, acolhidas e capazes);
  • pais precisam aprender a melhorar as estratégias para se lidar com as crianças com TDAH.
Planejamentos e cronogramas:
  • crianças com TDAH têm dificuldades em planejar atividades futuras (compete aos adultos envolvidos com as mesmas elaborar tais procedimentos);
  • calendário diário de atividades: lições de casa; aulas extras; passeios de educação física. Este calendário deve envolver atividades de caráter: diário, semanal, mensal  e semestral.
Reconhecimentos e elogios:
  • intervenção comportamental baseada em contingencias: premiar respostas e atitudes adequadas reforçadoras para o comportamento esperado (este aluno precisa de elogios);
  • ajuda também na impulsividade (a criança com TDAH conseguirá esperar a sua vez);
  • discutir os resultados com os pais.

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