- Democracia e educação
- Modo de vida
- Educar para e pela democracia e Direitos Humanos
- Educação em Direitos Humanos (EDH)
- EDH na escola
- Dimensões da EDH
- Campos de atuação da EDH
- Conteúdos da EDH
- Inserção curricular
Professora Ana Maria Klein
Começa a mesma citando Dewey e associa que a democracia deve ser
associada a um modo de vida. A democracia deve reger as relações escolares.
Mostra-nos um texto de Dewey (1970, 212-213) intitulado Democracia e Educação.
Neste artigo Dewey expõe sua opinião sobre a vivência democrática na escola.
Neste local deve-se tentar viver democraticamente e não no domínio de
conceitos. Finaliza o texto afirmando que: “A democracia se expressa nas
atividades dos seres humanos e se mede pelas consequências produzidas em suas
vidas”.
A democracia é um modo de conduzir vidas e não simplesmente o ato de
votar. Cita a referida professora que: “uma educação democrática deverá
conduzir as pessoas a agir democraticamente”.
Portanto, a democracia pode ser encarada como um modo de vida,
manifestando-se na escola quando das relações entre: alunos e alunos; alunos e professores; alunos e seus pais; pais de alunos e professores e pais de alunos e direção.
E por ser um modo de vida a democracia é uma expressão ética, exigindo
uma formação que enfatize a personalidade (individualidade) e a cooperação
(responsabilidade social).
Para se atender a esta necessidade formativa a e escola deve preparar o
aluno para que ele pense e dirija-se por si só, tendo responsabilidade e
compromisso num ambiente que promova os Direitos Humanos.
Não basta que coloquemos democracia no conteúdo, o ambiente tem que
manifestar ações e valores democráticos, visando a autonomia e
responsabilidade.
Um ambiente democrático deve levar, ou seja, conduzir a uma formação
democrática. O aluno deve deixar de ser
um indivíduo passivo e atuar ativamente nas tarefas e ações propostas. Em uma
comunidade escolar todos devem ser ativos.
Preciso, eu, como professor de uma escola conhecer:
- Conhecer os direitos humanos;
- Contribuir para ter um ambiente democrático.
Dessa
forma, educamos para:
- para a democracia;
- para a preservação e manifestação dos Direitos Humanos;
- pela democracia;
- pelos Direitos Humanos
Deve existir uma grande relação entre os conteúdos estudados e sua
vivência. Se estudarmos conteúdos democráticos, devemos contextualizá-los e
vivenciá-los em nossa escola. Meu trabalho prático tem que ser compatível com
os conteúdos estudados. Discurso e prática não devem e não podem ser
contraditórios.
Democracia e Direitos Humanos não são conceitos restritos à sala de
aula, devem impregnar todo o ambiente escolar em todas as relações escolares.
A Educação em Direitos Humanos (Declaração Universal de Direitos Humanos
– 1948)
A educação abre portas para os Direitos Humanos (não devemos ter a
Educação em Direitos Humanos como direito – teoria – mas e, principalmente,
como prática).
Práticas efetivas da Educação em Direitos Humanos:
- ONU (1995) – Declaração das Nações Unidas para a Educação em matéria de Direitos Humanos.
- ONU (2004) – A ONU proclamou a P.M.E.D. H – fase 1 (2005-2009).
- Brasil (2003) – P.N.E.D.H. – elaborado em 2003 e revisto em 2006, afirma que o compromisso nacional, sob a forma de políticas públicas com a EDH (traz os princípios da EDH para a Educação Básica e Ensino Superior).
EDH na escola
A professora nos começa a falar de uma citação extraída do P.N.E.D.H.
(2009, p.25), afirmando que a escola, e, portanto, a educação é a principal via
de se prevenir ações contra os Direitos Humanos, as demais apenas reparam ações
contra os Direitos Humanos. Ainda de acordo com os dizeres da referida mestra a
EDH tem maior objetivo transformar o Brasil legal em Brasil real.
As 5 (cinco) dimensões da EDH:
- apreensão de conhecimentos: campos de conhecimentos (contextos – internacional/nacional e local);
- afirmações de valores com prática sociais (o direito tem que ser exercitado);
- formação de uma consciência cidadã;
- desenvolvimento de processos metodológicos (linguagens e materiais didáticos contextualizados ), visando encontrar o protagonismo dos alunos (com a criação de grêmio, por exemplo);
- fortalecimentos de práticas individuais e sociais (construção e vivência de valores e ações). Exemplifica dizendo que: ”um cidadão ativo, ele age”.
A Educação em Direitos Humanos é promovida em 3 campos:
- Epistemológico: conhecimentos e habilidades (conhecer os Direitos Humanos e desenvolver habilidades para aplica-las no dia a dia);
- Axiológicos: valores, atitudes e comportamentos que sustentam os Direitos Humanos;
- Práxis: desencadear ações para a defesa e promoção dos Direitos Humanos.
Afirma ainda que não basta ter uma cultura de direitos humanos, temos
que praticá-la.
Conteúdos da Educação em Direitos Humanos
- Maxi conteúdos: conhecimentos gerais de D.H.
- Intermediários: específicos – representados por disciplinas curriculares.
- Mini-conteúdos: D. H. com a realidade da escola e dos alunos.
A inserção curricular de D. H. deve seguir os seguintes caminhos:
- pluridisciplinar: (a visão de 1 disciplina associada a visão de outras disciplinas ) – Como estudar, por exemplo, um determinado tema e enfoca-los, de forma específica, em Ciências, História, Geografia, etc.
- transdisciplinaridade: (conhecimento escolar x vida dos alunos);
- interdisciplinar: integração entre as várias disciplinas. Cita como exemplo o estudo dos direitos humanos quando o tema for meio ambiente.
Inserção curricular
- A transversalidade (temas transversais) é o caminho para eu relacionar conhecimentos escolares com os conhecimentos reais. Conduz-nos ao pensamento de que quando trabalhar na escola com D. H. deve envolver várias disciplinas e articular com a vida real.
Nenhum comentário:
Postar um comentário