terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vídeo-aula 9: Educação comunitária e direitos humanos

MÓDULO II : EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA, SAÚDE E CIDADANIA NA ESCOLA
  • Educação Comunitária e escola
  • Objetivo da Educação Comunitária
  • Educação Comunitária por Paulo Freire
  • Educação comunitária e contextos educativos
  • Educação comunitária e as relações entre aprendizagem e cidade
  • Mapear o entorno: ação para fora da escola
  • Trilhas: o caminho para os projetos
  • Direitos Humanos e escola
  • Direitos Humanos: a orientação do olhar
Professora Ana Maria Klien

Educação Comunitária 

Inicialmente associada a educação não formal e caracterizada porprocessos educativos coletivos.
Surge a partir da década de 1980  e intensifica-se na década de 1990. Caracterizada pela democratização do espaço e das relações de participação de todos os envolvidos e da melhoria da educação. Tem por objetivo o surgimento de aluno comprometido com a coletividade: sendo corresponsáveis pelas ações /  resolução das relações de conflito e decisões que surgem na comunidade. 
Espera-se o aparecimento do aluno participativo na comunidade: perspectiva crítica e transformação social.
A professora nos relata a ação e pedagogia de Paulo Freire, citando um texto deste autor (Freire, 1995: 12-13) que inicia um texto seu com os seguintes dizeres:

”Aprender na comunidade, com ela e para ela...”.

Para Paulo Freire os conteúdos devem ter relação com o que os estudantes vivenciam. A comunidade é conteúdo e sujeito da aprendizagem. Eu aprendo a ser cidadão e desta forma, posso discutir os problemas vivenciados pela minha comunidade.
Estamos diante de uma nova visão de ensino: atuação ativa por parte do aluno dentro da comunidade.

Na Educação Comunitária temos os contextos educativos:
  • Diferentes contextos educativos: rede social e educativa de relações à qual pertencem à escola, a família e outras organizações;
  • Currículo: as demandas e os interesses da comunidade passam a fazer parte da escola e do trabalho pedagógico;
  • Cidades Educadoras: conceito que surgiu no início da década de 90 na Espanha. Sua ideia central é que a escola sozinha não tem condições de construir todos os conhecimentos e informações necessários ao mundo contemporâneo. Com isso, a educação também deveser competência da cidade. 
 Os problemas evidenciados e vivenciados pela comunidade onde se localiza a escola devem ser estudados, analisados e debatidos dentro da sala de aula, procurando-se encontrar soluções viáveis e plausíveis para os mesmos.

De acordo com as Cartas das Cidades Educadoras todos da sociedade devem educar.

Surge uma Rede de Contexto Educativo: espaços fora da escola.

O autor Trilla (1993) nos cita três relações possíveis existentes neste contexto:
  • aprender na cidade (aprende-se nos museus, com as ONGs, nos parques    e praças os quais todos esses elementos representam espaços educativos).
  • aprender da cidade (procura-se destacar o que é e o que não é relevante)
  • aprender a cidade (conhecer a cidade e sua realidade – O aluno transforma-se em um agente transformador: O que eu faço para mudar a realidade de minha cidade).


Desta forma, nos indaga, perguntando: Como trabalhar acidade dentro da escola?
Mostra-nos alguns caminhos que poderão ser seguidos:
  • mapear o entorno – representa este momento a realização de uma ação para fora da escola;
  • Conhecer a comunidade onde mora;
  • Descobrir os locais pelos quais passam;
  • Onde estão as instituições do bairro e quem são as pessoas que nelas trabalham;
  • Quem seriam os parceiros com os quais poderia e Escolar contar na elaboração e desenvolvimento de projetos. Cita com exemplo um projeto que poderá envolver o Posto de Saúde local
Resumindo: nos pergunta quais seriam os parceiros que podemos procurar para o desenvolvimento de nossas ações. Cita-nos outro parceiro: os supermercados locais.
Desta forma, nos evidenciam caminhos complementares:
  • Trilhas educativas – tem duplo caráter: intencionalidade e objetividade;
  • caráter caleidoscópio: perceber o olhar de diferentes pessoas sobre o mesmo tema;
  • projetos transversais e interdisciplinares: articular o tema comunitário X conteúdo escolar.
Cita como exemplo o tema lazer – aborda como o tema pode ser estudado pela trilha. Devemos verificar como a comunidade e os alunos veem o lazer existente no local.  O assunto lazer poderia ser visto e analisado pelas diferentes disciplinas, tais como: Matemática, Geografia e História, por exemplo.
As diferentes disciplinas escolares através de seus conteúdos específicos ajudam a compreender e analisar o tema. Como será que as pessoas daquele bairro conseguem satisfazer suas necessidades em relação ao item estudado, ou seja, lazer?
O que pode ser feito para se melhorar o lazer?
A Educação Comunitária traz problemas de fora para dentro da escola, tornando-se, dessa forma, caminho para a instalação de uma cidadania ativa.
E falando em cidadania ativa nada melhor que estudarmos os Direitos Humanos:
Revendo Direitos Humanos – Direitos Humanos (DH) e a Escola:
Direitos Humanos – comum a todos (as) os indivíduos sem distinção de etnia, nacionalidade, sexo, classe social, nível de instrução, religião, opinião política, orientação sexual ou qualquer outro tipo de julgamento moral. Decorre do reconhecimento da dignidade intrínseca de todo ser humano.

Direitos Humanos e Democracia: liberdade, igualdade e solidariedade.

Na escola os DHs se traduzem em conhecimento, valores e ações necessárias à formação de cidadãos em sociedades democráticas e ao desenvolvimento integral do ser humano. 
De acordo com afirmação contundente da professora Ana Maria Klien – democracia é fazer valer os direitos humanos.
Direitos Humanos só são possíveis em países democráticos.

Finalizando temas que podem ser analisados através de projetos e que derivam da discussão sobre Direitos Humanos:
  • Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU,1948);
  • Direitos Sociais, Econômicos e Culturais;
  • Direitos das Crianças e dos Adolescentes;
  • Discriminação Racial;
  • Discriminação contra a mulher;
  • Direitos relacionados à Educação;
  • Gênero e Orientação Sexual na Educação.
Encerra, afirmando que conhecer os direitos humanos é fazê-los respeitar, e que as temáticas escolhidas podem ser desenvolvidas através de trilhas.

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