quarta-feira, 11 de abril de 2012

Vídeo-aula 22: EDH, inclusão e acessibilidade

MÓDULO III: DIREITOS HUMANOS E CONVIVÊNCIA DEMOCRÁTICA
A aula discute a questão da educação inclusiva e da educação especial sob a perspectiva das normativas que orientam as políticas públicas.

Professora Sinara Zardo da Universidade de Brasília.

E.D.H. - formação de sujeitos de direitos e direitos humanos a educação, contemplando alunos especiais - deficiências e outras itens. 

Inclusão é um movimento amplo e tem respeito a inclusão . 

A E.D.H. assume um movimento forte a partir da década de 1990. 

Historicamente, na Idade Antiga, as pessoas com defeitos eram rejeitadas e muitas vezes mortas. 

Idade Média – aceitá-las com pessoas deficientes, porém atrelar à deficiência a noção de pecado. Aparecimento do sentimento de caridade e piedade. 

Idade Moderna a deficiência era tratada com medicamentos. Tentativa de saber qual é a causa e suas possíveis curas. 

Final da modernidade - diferença entre doença (tem cura ) e deficiência (não tem cura). Tentativa de se curar a deficiência. 

Idade Contemporânea, surgimento dos educadores e psicólogos que passaram a ter interesse pelos deficientes - expectativa de educabilidade para os deficientes. A deficiência passou a ser atrelada a medicina. 

Evolução dos direitos humanos e políticas dos direitos humanos: integração dos deficientes à escola e sociedade e surge a acessibilidade das mesmas a sociedade moderna. Surge uma perspectiva inclusiva - levar a autonomia e independência em todos os contextos: escola, trabalho e sociedade em geral. 

Surgem dois conceitos de luta para a integração dos alunos deficientes na sociedade moderna: 

1º - paradigma da integração médico-clinica: a pessoa com deficiência deve se adequar a realidade da escola, ou seja, no contexto de ensino. 

2º - paradigma da inclusão: diferente a da anterior, ou seja, a escola é que tem que aceitar os sujeito e identificar o sujeito com deficiência e praticar uma ação pedagógica baseada na diferença. O tema inclusão questiona a padronização e está diretamente ligado à E.D.H. Os limitados fisicamente, mentalmente e sensorialmente devem ter direito à educação. 

Brasil - a partir da Constituição de 1988 - artigo 205 (direito de todos a educação) e 208 (atendimento especial aos alunos especiais com direto assegurado). 

Baseado em declarações internacionais: Declaração Universal dos Direitos Humanos; Declaração de Viena e Declaração de Salamanca e que trata a deficiência como transversalidade a todas as políticas, tais como o são: saúde, trabalho, assistência social e os demais direitos. 

L.D.B. - Lei 9394/96 - capitulo específico para educação especial- e também para os deficientes com os artigos, 58, 59 e 60 - alunos tem currículo adequado, direito a escolarização e ao atendimento educacional especializado. 

O ECA e as políticas que tratam do direito à educação e direito ao respeito e à dignidade humana também garantem o processo de educação e acessibilidade aos deficientes. 

Política de 1994 - inicio de politica da inclusão - politica integradora. 

Posteriormente, a Resolução de 2001 – Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica- possibilita a inclusão dos alunos de educação especial na escola comum (1ª perspectiva). 

2008 - Politica Nacional de Educação Inclusiva - marco - especifica uma função para Educação Especial. Definindo o público alvo: alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e alunos com altas habilidades e super dotados. Dá ênfase ao publico alvo. Porque anteriormente se trabalhava como: alunos com necessidade educacionais especiais; alunos excepcionais ou alunos portadores de necessidades especiais. A deficiência não é uma excepcionalidade, nem como limitação e tampouco como algo portada. Ela é uma condição humana e como diferença a ser respeitada. Deve construir-se uma sociedade democrática e garantir a participação dos alunos diferentes e com necessidades especificas. 

Politica de 2008 - dá sentido e rege normas para a Educação Especial como uma modalidade transversal da Educação Básica e a Educação Superior. 

Conceito de transversalidade - acompanhar a trajetória do aluno ao longo de sua educação: ensino fundamental-médio ou superior. 

A Educação especial oferece o atendimento educacional especializado e complementar a escolarização do aluno e dar a possibilidade de acessibilidade ao currículo normal. 

Acessibilidade em diferentes dimensões que deverão ser contempladas: acessibilidade arquitetônica, comunicação, pedagógica e nas tecnologias, informação e comunicação (T.I.C). 

Deve-se trabalhar além da perspectiva de acessibilidade também uma perspectiva em Desenho Universal. 

Desenho Universal: conceito, atualmente, empregado e que se refere a todos os produtos, ferramentas e artefatos que todos utilizam e que devem ser organizados e dar possibilidades a todas as pessoas: normais com condições especiais usarem com segurança e autonomia. 

Politica de inclusão: direito a matricula e sua efetiva participação em todas as atividades escolares. 

Complementariedade: atendimento educacional especializado / contra turno. 

Identificar o que os alunos especiais precisam. O que eles precisam. 

Alunos surdos - recursos especiais para surdos (interprete) 

Alunos com deficiências visuais - materiais confeccionados na linguagem Braile. 

Duplo financiamento dos alunos especiais: politica de financiamento que dá suporte a inclusão - recebem um duplo financiamento. - escolarização normal e atendimento educacional especializado. 

Como organizar o atendimento especial e organizar a educação especial no sistema de ensino para alunos especiais? 

Buscar informações na resolução nº 4 de 2009 - M.E.C. 

Oferecer salas de recursos ou centro de atendimento especializado. 

Plano Viver Sem Limites: proposta do governo na integração de diversas áreas. Este plano foi editado no final de 2011. 

Objetivo esclarecer aos professores que atuam na educação brasileira sobre como se articula. 

O direito humano à educação, o direito á acessibilidade dos alunos com educação especial e a inclusão destes mesmos alunos. 

Informações complementares podem ser obtidas e fazer um estudo com aprofundamento. 

Se compreender, realmente, o que é a deficiência. Gerar desta forma professores tolerantes, que reconheçam e tenham respeito às diferenças e conhecimento destas diferenças. Direito de participação e aprendizagem no contexto educacional e contextos gerais da sociedade.

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